Muitas
pessoas estão comentando a matéria do Fantástico sobre o homem transexual,
chamado “Suzy”. Se pensarmos já no nome, sendo ele apresentado como “ela”, para
nós, cristãos, se torna algo nada fácil de compreender. No primeiro momento,
quando vi a matéria, já deu vontade de trocar de canal, pois pensei, de cara: se
trata de mais um sensacionalismo e ativismo gay que a TV Globo traz em seus
programas (como realmente foi). Sabemos que essa emissora tem trabalhado esse
tema, tentado tornar a escolha sexual como algo normal e individual – “Podemos
ser o que quisermos e ter o sexo que quisermos”.
Posso
dizer, com convicção, que este caminho está levando a nossa geração ao desespero
e à depressão. Muitos estão buscando ser o que querem, mas não conseguem se
sentir satisfeitos com a escolha. Na verdade, a grande maioria nem sabe bem o
que quer. São levados por grupos que dizem ter a resposta e jogam as pessoas
neste mundo da “escolha”. “Saia do armário” e “assuma quem realmente você é”,
são frases clichês que ouvimos e que forçam pessoas a tomarem uma decisão, que
afetam a vida de uma maneira que pode destruir tudo à sua volta, inclusive a si
mesmos. Em consequência disso, não são poucos os casos de suicídio. E o
suicídio não vem simplesmente porque as pessoas à volta não o aceitam, mas
porque eles mesmos acabam não aceitando suas escolhas. Tenho certeza de que
elas precisam de ajuda para aceitar o sexo com que nasceram, e não assumirem
outro pelo impulso ou exigência de uma sociedade que se diz “moderna”, que
condena aqueles que desistem de ser homossexuais, como está acontecendo em
muitos círculos sociais.
Ajuda
é a palavra que devemos ter em mente*, para esse caso específico. Tirando todo
o sensacionalismo e a verdadeira intenção da matéria, devemos olhar para todos
os pecadores, inclusive para “Suzy”, e pensar nesta palavra. O crime que ele
cometeu foi grave! Não podemos duvidar nem colocar panos quentes sobre este
ato. Ele destruiu a vida de uma criança e, consequentemente, de uma família. Na
verdade, está havendo um aumento de estupros praticados por homossexuais no
mundo. Isso mostra que, em relação à maldade, nada se diferem dos demais. Mas
se pensarmos nas palavras de Jesus, o que
ele nos falaria deste caso? Se no lugar de Maria Madalena estivesse “Suzy”,
Jesus ainda diria que quem não tivesse pecado
atirasse a primeira pedra?
Com
certeza, Jesus olharia com amor para ele, como olhou com amor para Maria
Madalena, a prostituta. Jesus nos ensinou que Deus ama o pecador, mas não o
pecado. E ele nos ensinou a fazer o mesmo. Amar o indivíduo, e não o ato! O
amor é o único meio para transformar vidas! Jesus nos ensinou isso de maneira
prática, quando amou os cobradores de impostos, as prostitutas, os ladrões e os
assassinos. Suas vidas foram transformadas, e eles começaram a seguir a Jesus.
Esse é o único meio de mudar a vida das pessoas. Mas será que queremos mudar a vida de Suzy? Querem ver essa pessoa na
nossa igreja? Aqui está o tapa em nossa cara! Pois sabemos a resposta que
damos, e a resposta que Deus espera de nós.
Meus
irmãos, cada dia vamos nos deparar com situações assim. Não devemos deixar que
pessoas, como o doutor Dráuzio Varella, um ateu, nos ensine o que é amar uma
pessoa. Pois nós, cristãos, temos o maior exemplo de amor da humanidade – A
cruz de Jesus! Que exemplo de amor ele nos deu! Que mudança em nossas vidas ele
efetuou! E isso ele fez para nos dar a vida eterna e para que possamos
compartilhar desta vida com todos à nossa volta, inclusive com Suzy.
Essa
situação nos ensinou muito. Vemos como podemos ser maus e ser como aqueles que
queriam atirar a primeira pedra. Muitos fizeram isso no palco moderno das
mídias sociais. Aprendemos como é complexa a aplicação dos ensinamentos de
Jesus. Pois o diabo nunca vai facilitar para nós. E situações assim virão aos
montes. E aprendemos que todo pecado tem uma consequência trágica, como na vida
daquele homem e da família daquele menino. Deus sempre nos perdoa, mas a consequência
será sempre pesada. E aprendemos que todos são alvos do amor de Cristo, e que precisamos
colocar isso em prática! Tomamos um belo tapa de luva em nossa cara com esta
matéria e seus desdobramentos, não acham? Mas que bom que podemos aprender
sempre e crescer a cada dia. “Filhinhos, não amemos de palavra, nem da boca
para fora, mas de fato e de verdade” (1Jo 3.18).
Walduino Paulo Littig
Júnior
Pastor
Guarapuava, PR
REDAÇÃO: este artigo não representa, necessariamente, a opinião da
Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) sobre este assunto.