Meu (minha) irmão(ã) na fé em
Cristo Jesus!
Você,
tal como eu e todos os obreiros eméritos da Igreja, estamos entre os que, pelo
coronavírus, são os visados com maior perigo. Não sei quem de nós será o
primeiro infectado. Mas uma coisa racional sei, que é que certamente não
escaparemos de seu ataque. O que não sei é se sobreviveremos. Pois somos idosos.
A grande maioria de nós já sofre de alguma das fragilizações que servem de
alerta. Tudo isso nos enche de perguntas das quais ainda não temos resposta no
caminho que trilhamos.
Nesse
ponto podemos contar com a presença de Jesus. O mesmo Jesus vivo e vencedor que
acompanhou os dois discípulos em seu caminhar atribulado para Emaús. Ele,
igualmente, esteve ao lado do apóstolo Paulo – e o inspirou – quando escreveu a
Epístola aos Romanos. Em especial quando escreveu os capítulos 7 e 8. No capítulo 7, o apóstolo externa suas dúvidas
e lutas. Até exclama: “Como sou infeliz! Quem me livrará do corpo desta morte?”.
Nós, talvez, dizemos: “Quem me livrará do – ou me dará a vitória sobre o – coronavírus?
Mas
Jesus leva o apóstolo a olhar para ele – para Cristo – que em favor dos
pecadores venceu o poder do pecado, que são os pecados. Também venceu a justiça
da lei, que é a morte. E, acima de tudo, adquiriu para os que haviam sido
destinados para a condenação, o amor de Deus, que em Cristo perdoa os pecados,
concede a adoção de filhos amados de Deus, e coroa com a vida sem fim com
Cristo. Essas verdades fazem o apóstolo exultar no capítulo 8: “Agora já não há
nenhuma condenação para os que estão em Cristo Jesus.” – O Salvador leva o
atribulado apóstolo a expor estas verdades nos versículos que seguem. Suas
preocupações se apagam. Sua alma vibra feliz, e exclama: “Diante de tudo isso,
o que podemos dizer? Se Deus está do nosso lado, quem nos vencerá?”, Com Cristo
por defesa, ele ergue o punho da fé em desafio contra as acusações da lei,
contra o juízo eterno, contra a própria morte. Também desafia os sofrimentos,
as dificuldades, a perseguição, a fome, a pobreza, os perigos ou a morte. É
jubiloso seu brado: “Em tudo isso temos a vitória. Eu tenho a certeza de que
nada pode nos separar do amor de Deus”. Com essas palavras ele responde à sua
desafiadora pergunta inicial: “Se Deus está do nosso lado, quem será contra
nós?”.
Querido(a)
irmão(ã) em Cristo. O coronavírus certamente nos é uma ameaça muito séria. Ele
nos pode prostrar até à morte. Deus conceda que isso não aconteça. Mas, diante
do poder da força do amor de Cristo que nos envolve, ele não passa de um já
derrotado. O coronavírus não nos pode separar do amor, da companhia e do
refúgio do Salvador. Por isso, seja o nosso viver diário dirigido por Cristo,
que nos leva a uma diária confissão de nossos pecados, e também a um diário e
constante agarrar sua mão segura. Nós, quer vivamos ou morramos, somos do
Senhor. Isso é a força de nossa paz de alma na calamidade que nos atinge.
Também nos dá a alegria de testemunhar essa paz aos nossos queridos. Porque
Cristo nos concede esta bênção imensurável, seja a ele o nosso louvor e servir
com alegria na fé. Amém.