O professor


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13/10/2020 #Reflexão #Editora Concórdia

Série Vocações

O professor

            O professor forma todas as profissões. As influências do professor sobre os alunos são transformadoras. Todos se lembram daqueles que os ensinaram a pensar: a sua primeira professora ou professor e todos os professores. Pessoas que foram decisivas na vida de cada leitor. O dia 15 de outubro é uma homenagem de gratidão a Deus e aos professores de nossa vida.  

 

Os antigos gregos tiveram professores famosos, como Pitágoras, Sócrates, Platão e tantos outros. A filosofia e a ciência da cultura grega influenciaram o pensamento do mundo Ocidental.

Os cristãos têm influências do judaísmo. Os professores estudiosos da lei de Deus eram respeitosamente chamados de rabbi, termo hebraico. Escolas judaicas posteriores possuíam três graduações de honra rab, mestre |inferior|; rabi, meu mestre |intermediário|; raboni, meu senhor, meu mestre |a mais elevada|.  Segundo o Dicionário Unger, “os rabinos exigiam que seus alunos demonstrassem reverência absoluta, excedendo inclusive a honra dispensada aos pais. Ensinava-se, portanto, que o respeito ao mestre devia ir além do respeito pelo pai, pois tanto o pai quanto o filho devem respeito ao mestre” (p.401). Esdras, “[...] era escriba versado na Lei de Moisés, dada pelo Senhor, Deus de Israel, [...]” (Ed 7.6). Organizou a vida religiosa dos exilados judeus na sua volta a Jerusalém.

Lutero escreveu aos conselhos de todas as cidades da Alemanha em 1524 para que criassem e mantivessem escolas cristãs. Criticou o abandono das escolas, a falta de seriedade na educação da juventude e exaltou a educação cristã. Dizia que o progresso de uma cidade dependia de cidadãos bem instruídos, ajuizados e bem educados. O mestre cristão que pretendia expor as Escrituras precisava conhecer o latim, o grego e o hebraico. Defendia o conhecimento dessas línguas e o conhecimento das ciências. Assim ele lançou as sementes da moderna escola pública (OS, V.5, p.302-325).

A igreja luterana está intimamente ligada à educação e à missão. Os primeiros missionários da Igreja Evangélica Luterana do Brasil viram na escola uma grande parceira na missão. Ao lado de muitas igrejas havia uma escola luterana. “É nas escolas que lançamos as sementes para o futuro” (Um grão de Mostarda, M. Rehfeldt, p.52). Os professores paroquiais foram importantes nesse processo. “As escolas paroquiais continuaram sendo essenciais para o desenvolvimento da igreja. Delas saíam os alunos para o Seminário e, consequentemente, os futuros pastores. Delas saíam membros leigos mais instruídos e capazes” (Idem, p.109).  

C.S. Lewis, pensador britânico, dizia que “a tarefa do educador moderno não é derrubar florestas, mas irrigar desertos”. Educar é uma tarefa nobre: exige dedicação sacerdotal. É uma vocação. O aluno é mais que um número: além das necessidades básicas, ele é alguém que traz a vivência familiar e da sociedade onde vive. Portanto, ele necessita de atenção, sensibilidade, compreensão, orientação e paciência.

O professor sábio cresce em sabedoria e experiência de vida. Inspira-se no Mestre dos mestres: Jesus Cristo!

Jesus cresceu em sabedoria quando esteve com os doutores, “[...] ouvindo-os e interrogando-os” (Lc 2.46). Anos mais tarde, Nicodemos reconheceu: “Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele”  (Jo 3.2).

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Eduvino Krause Filho

Pastor conselheiro da LLLB, Domingos Martins, ES

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