O Evangelho eterno!


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30/10/2020 #Reflexão #Editora Concórdia

“Pois não me envergonho do Evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê [...]” (Rm 1.16).

O Evangelho eterno!

         “Vi outro anjo voando pelo meio do Céu, tendo um Evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14.6-7).

          Sempre que compramos um produto, nós olhamos (ou deveríamos olhar) o seu prazo de validade. Igualmente, existem produtos que têm uma garantia de funcionamento ou durabilidade por um determinado tempo. Se apresentarem um defeito, dentro do prazo indicado, o consumidor tem direito ao conserto ou a um produto novo.

          O texto de Apocalipse nos traz “um produto”, se é que podemos chamá-lo assim, que é diferente dos que compramos e adquirimos por aí. Ele não sai de linha, não tem data de vencimento ou prazo de validade, não se corrompe e é poderoso. E ele não pode ser comprado. João nos diz: “o Evangelho eterno”. Isso significa dizer que o que ele tem como verdade hoje, já tinha há dois mil anos, e continua sendo “a verdade”.

          O que nossos antepassados ouviram e também creram continua sendo o Evangelho hoje. Evangelho é o poder de Deus para salvar a todo aquele que crê em Jesus Cristo como Salvador. Alguém disse que o anjo voando com o Evangelho na mão seria uma profecia antecipada da Reforma, sob a tutela e direção de Lutero.

          Na verdade, João conta em outras palavras o Natal, ou mais precisamente, a história das campinas de Belém, onde realmente o Evangelho ecoou: hoje vos nasceu o Salvador. E este “hoje” torna o Evangelho tão atual e bonito quanto o foi para os pastores. A Reforma de Lutero trouxe novamente aos púlpitos e aos corações do povo o Evangelho que dá perdão, vida e salvação.

           A doutrina da justificação pela fé não trata de outra coisa senão da compreensão de Jesus como Salvador. Nada sou. Nada posso. Nada sei. Nada tenho. Se eu dependo de mim mesmo, estou perdido por toda a eternidade. Mas tenho um Salvador. Ele me foi feito “[...] da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção” (1Co 1.30).

           Nunca serei alguma coisa por própria força ou pela razão. Não tenho nada a apresentar a Deus. Nunca terei justiça ou santificação própria. Mas tenho um Salvador. Lutero não se importou com nenhuma outra coisa senão mostrar a glória de Cristo como Salvador. A honra de Jesus é ser ele o Salvador do perdido. Somente ele.

           Essa é a mensagem da Reforma. Ela não é outra coisa senão um reencontro com puro Evangelho. A mensagem que Deus confiou à sua Igreja. É a mensagem que devemos anunciar a todas as pessoas. A proclamação desta mensagem é a grande tarefa da Igreja de todos os tempos. Nós todos somos responsáveis e chamados para esta missão.

           “O justo viverá pela fé”´(Gl 3.11). Assim Lutero entendeu a história da salvação. Fé no grande Evangelho, eterno, sem prazo de validade e cujo teor e conteúdo chegarão a todos os recantos do mundo pela proclamação dos cristãos.

           O Evangelho nós já ouvimos. Como igreja que caminha para o Céu, somos chamados a ouvir, de graça, o Evangelho eterno, o Evangelho do perdão, da paz e da vitória que temos em Cristo como nosso Salvador. Anjos não virão mais fazer o que já fizeram. Eles nos anunciaram o que Deus preparou para aqueles que o amam. Em Cristo, ele nos deu o Evangelho eterno para compartilharmos com o nosso próximo, de todas as nações.

 

Pastor Ilmo Riewe, Arapoti, PR

*Texto publicado no Mensageiro Luterano em outubro de 2013.

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