Dedico-lhe este artigo. Talvez o senhor não imagine
como foi importante para a minha vida e para o meu ministério. Mas aqui vão
algumas lembranças:
O senhor foi o meu pastor durante o meu tempo de
estudo no Seminário, principalmente a partir do colegial até o final dos meus
estudos (1966-1972). Eu ia todo o final de semana de Porto Alegre a São
Leopoldo para a casa do meu cunhado Hugo e da minha irmã Dóra. Fazia a mochila
na sexta-feira de tarde e voltava ao seminário domingo à noite ou segunda de
madrugada, junto com outros colegas, dependendo da programação da juventude.
E é aqui o ponto alto em que quero chegar: A nossa Juventude
Concórdia, a JUCA, como era o nosso nome de guerra. O senhor soube nos dirigir
bem nos estudos bíblicos e devoções, e depois nos dar a liberdade de
desenvolver nossas atividades e criatividade. As competições esportivas e
culturais do Distrito nos estimulavam, e dávamos o melhor de nós. Não havia
restrições da sua parte, mas uma supervisão sutil que nos estimulava à liderança
e à responsabilidade.
Jovens vinham de Esteio, Niterói, Porto Alegre, para
participar da JUCA. Havia uma ótima integração com os jovens da comunidade.
Tínhamos o jornalzinho “Vozes da JUCA”, com devoções, reflexões e humor, onde
desenvolvemos o dom de escrever artigos. Uma coleção deles está guardada hoje
no Instituto Histórico da IELB.
Na JUCA, com sua liderança, foram preparados um
vice-presidente da JELB e depois vice-presidente e presidente da IELB; uma
secretária da JELB; um diretor do Seminário e depois presidente da IELB; um
vice-presidente da IELB e hoje diretor da Hora Luterana para a América Latina; um
presidente do Conselho Administrativo da Hora Luterana e vice-presidente da
LLLB; um professor muito respeitado de Cultura Religiosa na ULBRA; um membro da
direção da ULBRA; um pastor que se destacou na área de Serviço Social; uma integrante
da Diretoria Nacional da LSLB; e muitas outras lideranças em congregações e departamentos
de servas.
Nossa ligação pessoal vai mais longe: o senhor e dona Ilda
levaram a Lídia e eu, após a festa de nosso casamento em Santa Cruz, para São
Leopoldo, para começarmos a nossa lua de mel. E foi no mesmo Ford Corcel vermelho
que viria a ser depois meu primeiro carro, comprado do senhor por um preço de
pai para filho.
A última vez em que nos encontramos foi no culto do
Centenário da IELB, quando o senhor, como um dos patriarcas da IELB, encerrou o
culto nos dando a bênção, ao lado dos pastores G. Luedke e J. L. Wentzel, ambos
já na glória.
Com certeza, muitos outros congregados dos lugares
pelos quais o senhor passou poderiam dar o seu testemunho, de como o senhor foi
importante na vida de cada um. A Palavra que pregou do púlpito, que ensinou na instrução
de confirmandos e nos departamentos de jovens, servas e leigos, que
compartilhou junto ao leito dos enfermos e moribundos – esta Palavra consolou,
orientou e levou muitos a conhecerem a Verdade, que é Jesus.
Hoje o senhor está com mais de cem anos, sendo o
pastor mais idoso da IELB. Esta é uma graça de Deus concedida a poucos.
Pastor Krieser: Deixo aqui
a minha gratidão a Deus por ter tido o senhor como meu pastor durante uma fase
muito importante da minha vida. Termino com um cântico que cantávamos seguido
em São Leopoldo, quando eu era professor da Escola Dominical junto com a sua
filha Gladis:
Havemos de encontrar-nos,
além do Jordão, que belo será,
Havemos de encontrar-nos,
além do Jordão, alegrias há.
Se tu chegares primeiro
que eu, oh! diga que eu também chego lá.
Havemos de encontrar-nos,
além do Jordão, alegrias há.
Carlos Walter Winterle
(com o apoio da família
Krieser, da secretaria e do Instituto Histórico da IELB).
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