O caminhoneiro (a)


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29/06/2021 #Estudos #Editora Concórdia

Série Vocações LLLB

O caminhoneiro (a)

            Há controvérsias sobre o dia do caminhoneiro: 30 de junho; 25 de julho; 16 de setembro. Importante é lembrar! Esta profissão pode ser exercida por um homem ou uma mulher.  

             Desde que a humanidade inventou a roda, a carroça foi um tipo de transporte que precedeu o caminhão, e, necessariamente, precisa de um carroceiro. O caminhão transporta todos os tipos de cargas imagináveis, mas precisa de um caminhoneiro. O Brasil investiu no transporte rodoviário, e isso gerou trabalho para milhares desses profissionais. Um exemplo do quanto esta profissão é importante foi a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, quando faltaram combustíveis nos postos, e os supermercados ficaram de gôndolas vazias.

             Toda profissão foi instituída por Deus, logo, o cristão serve e honra a Deus em seu trabalho lá onde foi por ele colocado, conforme a doutrina do sacerdócio real dos crentes desenvolvida por Lutero. O serviço ao próximo é culto a Deus. O cristão serve a Deus quando serve o próximo através dos seus diferentes trabalhos. Tudo o que colabora na manutenção do mundo é culto a Deus. Pois esse é o compromisso de amor para beneficiar o próximo. O cristão dá verdadeiro sentido ao trabalho quando sua vida se conduz pela fé e em amor ao próximo. O “[...] fazei tudo para a glória de Deus” (1Co 10.31), implicitamente, inclui o trabalho em favor do próximo.

             O caminhoneiro(a) transporta as cargas sabendo que o destino final é o consumidor. Chamou muito a atenção a mensagem de uma empresa alertando o entregador(a) dos seus produtos no transporte: “Senhor entregador, tome muito cuidado com esta embalagem. Ela será entregue para alguém muito especial”. Este alguém especial é o seu “próximo desconhecido”! O próximo não é apenas a sua família, os seus irmãos de fé, os seus parentes e os seus vizinhos. O bom samaritano (Lc 10.25-37) socorreu “o próximo desconhecido”.

             O caminhoneiro(a) sabe que a provisão de alimentos entregues ao navio cargueiro foi para alimentar os “desconhecidos marinheiros” em alto mar, e as “commodities”, destinadas ao consumo de pessoas desconhecidas no estrangeiro. Os remédios e os insumos entregues para uso nos hospitais e nas suas UTIS, são destinados “aos desconhecidos enfermos.” O próximo desconhecido é muito especial para Deus. Assim sendo, o caminhoneiro cristão, sabedor de que é “amado por Deus em Jesus Cristo”, no exercício de sua profissão, sabe que trabalha para “alguém especial” para Deus, o próximo desconhecido. É a Deus que ele está servindo. “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1Pe 4.10).

             Culto e vida comum são inseparáveis. O culto é importante porque cristãos se reúnem em torno da Palavra e dos sacramentos em que Deus nos serve. É o lugar “onde a fé é possível!” (BONHOEFFER, Discipulado, EST/SINODAL, 2016, p.26). O culto continua quando o cristão sai da igreja, ama, teme e confia em Deus sobre todas as coisas. Assim o cristão agrada a Deus, com o coração, e, externamente, com suas atitudes, e na sua vida profissional serve o próximo desconhecido. Toda profissão é mais que o dever da responsabilidade profissional. Toda a ação humana, sendo fruto da fé, é um culto a Deus.

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Eduvino Krause Filho

Pastor conselheiro da LLLB, Domingos Martins, ES

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