Para um bom desempenho geral, é preciso manter corpo e mente sadios.
Para
ser atleta profissional e carregar com orgulho o peso de uma medalha olímpica,
são exigidos treino, dedicação e esforço incomparáveis. Para muitos pode ser
difícil compreender onde está a transição entre ser praticante de exercício
físico e o atleta que busca sempre melhores resultados, romper limites e
conquistar recordes, ou seja, ser o melhor naquela modalidade, seja em nível
municipal, estadual ou mesmo mundial.
Na
recente edição das olimpíadas e paralimpíadas, foi possível acompanhar as
histórias de atletas de diversas modalidades. Em suas entrevistas, muitos
lembram que a caminhada até a competição – mesmo que não venha acompanhada da
vitória – não é realizada sem apoio e confiança daqueles que estão mais
próximos.
“É
fundamental o apoio da família e de gente que acredita e patrocina o atleta
quando percebe que ele é realmente bom naquilo”, afirma o pastor Hilbert
Wendler Junior*. Esse apoio também está no amparo dado nos maus resultados e no
incentivo para não desistir, porque a vitória nas competições é só para uma
pequena parcela dos participantes. Para a psicóloga Liege Hübner Wendler, “é
muito importante reconhecer que o adversário também é alguém que se preparou e
se esforçou para estar ali e é necessário ter humildade em ver que ele pode ser
melhor que você. Acho que isso tem muito a ver com desenvolvimento de
autoestima e controle emocional”.
Para
melhorar seus rendimentos, os atletas normalmente buscam auxílio de outros
profissionais, como fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. Em alguns
casos, existe também o capelão esportivo, que orienta a questão espiritual do
atleta ou equipe. Para um bom desempenho geral, é preciso manter corpo e mente
sadios. Liege explica: “Penso que mente sã não existe sem a endorfina, hormônio
que é liberado após atividade física. Um está ligado ao outro”. Hilbert
completa: “percebo, por exemplo, que eu fico ruim de corpo e mente se não
mantenho minha rotina de academia/bike. Se não me exercito, fico preguiçoso,
não consigo me concentrar tão bem, durmo mal. O mesmo vale para a vida de fé: é
importante manter a rotina de leitura da Palavra e oração”.
Competição distrital
A
prática de atividade física é recomendada para todas as idades. Em vários
distritos da igreja luterana os encontros esportivos reúnem as congregações e
são oportunidades de envolver ainda mais jovens e adultos na igreja, estimular
a prática esportiva e, até mesmo, despertar talentos. Além disso, mobilizam os
grupos a torcer e motivar uns aos outros, acolhendo também quando perdem.
Mas
deve-se cuidar para manter o equilíbrio entre integração e rivalidade que as
competições podem gerar. “É uma oportunidade de estreitar os laços. O
competitivo pode talvez até reforçar bem a amizade dentro da união juvenil, mas
a competição exagerada acaba afastando os jovens”, conta o pastor Hilbert.
Missão na atividade física
Além
de fortalecer a amizade, praticar uma atividade física com amigos pode ser uma
forma de testemunhar sua fé. Pastor Hilbert dá uma dica: “Escrevi ‘Para o
exercício da alma’, na capa do devocionário Cinco Minutos Com Jesus, e
deixei na entrada da academia. Sempre tem alguém que para e lê”.
Escreva para nós quais são, na
sua opinião, as oportunidades de testemunhar a fé através dos esportes.
Reflita
também a respeito do texto bíblico:
“Vocês
sabem que numa corrida, embora todos os corredores tomem parte, somente um
ganha o prêmio. Portanto, corram de tal maneira que ganhem o prêmio. Todo
atleta que está treinando aguenta exercícios duros porque quer receber uma
coroa de folhas de louro, uma coroa que, aliás, não dura muito. Mas nós
queremos receber uma coroa que dura para sempre” (1Co 9.24,25 – NTLH).
*Pastor
Hilbert Wendler Junior e a psicóloga Liege Wendler residem em Pomerode, SC
O
esporte na JELB
A
prática esportiva dentro da igreja reúne pessoas de todas as idades e com
diferentes habilidades. Há aquelas com talento para o futebol ou atletismo,
outras preferem as partidas de knips e tênis de mesa, enquanto outras ainda se
dão melhor na torcida e motivação aos outros que jogam.
Uma
outra diferença – e talvez a maior delas – é a forma como ela acontece em cada
região e distrito, com regras e modalidades diferentes. Confira trechos das
entrevistas realizadas com jovens das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Além
disso, trazemos uma entrevista especial com um jovem luterano que iniciou sua
carreira esportiva nos encontros distritais e hoje é jogador em um time de
futebol profissional.
*Importante:
as entrevistas foram realizadas em agosto de 2021, mas baseadas nos encontros
antes da pandemia de Covid-19. Leia a matéria completa clicando aqui.
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