Empatia


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26/10/2021 #Editora Concórdia #Mulheres #Exclusivo Assinantes #Reflexão

Para atravessar este momento difícil precisamos nos ajudar, precisamos pensar no outro!

Empatia

Diante de uma pandemia que assustou e ainda preocupa a todos, vários sentimentos afloraram na humanidade, deixando-a fragilizada. Para atravessar este momento difícil, principalmente, quando houve perdas de entes queridos, muito se apelou para que todos se unissem no mesmo propósito (mesmo mantendo o distanciamento): precisamos nos ajudar, precisamos pensar no outro! Surgiu, então, um termo que se difundiu entre crianças, jovens, adultos e idosos: EMPATIA! Precisamos praticar a empatia!

 Mas, afinal, o que é empatia? O que há de novo neste sentimento?

 O dicionário Aurélio define empatia como a “capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria; compreensão”.

Contudo, sabemos que, se analisarmos de forma literal, é difícil nos colocarmos no lugar de outra pessoa, sentir o que ela sente e como ela se sente.

Podemos até imaginar o que ela está sentindo, porém cada um age e reage de forma diferente, mesmo diante das mesmas situações.

Por isso vamos extrair o ponto central desse sentimento. Aquilo que realmente pode fazer diferença em tempos de dor, de perda, de sofrimento:

       A empatia vem acompanhada de envolvimento.

O apóstolo Paulo nos exorta a “pensar a mesma coisa, ter o mesmo amor, sermos unidos de alma, tendo o mesmo sentimento” (Fp 2.2). Para haver empatia, é preciso que haja relacionamento. Se temos empatia pelas pessoas que nos cercam, nosso primeiro gesto será o de nos envolvermos com essa pessoa, principalmente, em tempos de sofrimento, com o objetivo de ajudá-la, de alguma forma, a passar por aquela situação.

       A empatia vem acompanhada de AÇÃO.

Tiago diz que “Se um irmão ou uma irmã estiverem com falta de roupa e necessitando do alimento diário, e um de vocês lhes disser: “Vão em paz! Tratem de se aquecer e de se alimentar bem”, mas não lhes dão o necessário para o corpo, qual é o proveito disso?” (Tg 2.15,16). Nesse texto, Tiago fala sobre necessidades físicas, mas podemos agregar a isso as necessidades emocionais e espirituais também. Quanto podemos ajudar alguém apenas ouvindo! A Bíblia nos ensina que devemos “levar as cargas pesadas uns dos outros e, assim, estaremos cumprindo a Lei de Cristo”. Ouvir as pessoas é curativo. Quando conseguimos falar dos nossos problemas e dificuldades, iniciamos o processo de cura e solução! E, mais uma vez, este é um princípio bíblico: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16). Esse confessar nada mais é do que reconhecer nossas limitações e compreender que precisamos uns dos outros na nossa caminhada! E a melhor ajuda que podemos dar a alguém que está passando por aflições, além de ouvi-la, é orar por ela. Então, empatia não é apenas um sentimento, é ação!

       O exemplo de Jesus:

            O termo “empatia” pode ser atual, no entanto, o sentimento perpassa toda a história da humanidade sendo um dos principais ensinamentos de Jesus: Amem uns aos outros. Como eu os amei (Jo 13.34). Que nós possamos amar como ele nos amou; que, em tempos de dor, possamos sentir e agir, olhando em direção ao outro; e, mesmo em tempos tão difíceis, que possamos perseverar “na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2.42).

 

Cerla Knevitz

Professora

Membro da CEL Concórdia – POA/RS

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