Para atravessar este momento difícil precisamos nos ajudar, precisamos pensar no outro!
Diante de uma pandemia que assustou
e ainda preocupa a todos, vários sentimentos afloraram na humanidade,
deixando-a fragilizada. Para atravessar este momento difícil, principalmente,
quando houve perdas de entes queridos, muito se apelou para que todos se
unissem no mesmo propósito (mesmo mantendo o distanciamento): precisamos nos
ajudar, precisamos pensar no outro! Surgiu, então, um termo que se difundiu
entre crianças, jovens, adultos e idosos: EMPATIA! Precisamos praticar a
empatia!
Mas, afinal, o que é empatia? O que há de novo neste
sentimento?
O dicionário Aurélio define
empatia como a “capacidade de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir
ou pensar da forma como ela pensaria ou agiria; compreensão”.
Contudo, sabemos que, se
analisarmos de forma literal, é difícil nos colocarmos no lugar de outra
pessoa, sentir o que ela sente e como ela se sente.
Podemos até imaginar o que ela está sentindo, porém
cada um age e reage de forma diferente, mesmo diante das mesmas situações.
Por isso vamos extrair o
ponto central desse sentimento. Aquilo que realmente pode fazer diferença em
tempos de dor, de perda, de sofrimento:
●A empatia vem acompanhada de
envolvimento.
O apóstolo Paulo nos exorta a
“pensar a mesma coisa, ter o mesmo amor, sermos unidos de alma, tendo o mesmo
sentimento” (Fp 2.2). Para haver empatia, é preciso que haja relacionamento. Se
temos empatia pelas pessoas que nos cercam, nosso primeiro gesto será o de nos
envolvermos com essa pessoa, principalmente, em tempos de sofrimento, com o
objetivo de ajudá-la, de alguma forma, a passar por aquela situação.
●A empatia vem acompanhada de
AÇÃO.
Tiago diz que “Se um
irmão ou uma irmã estiverem com falta de roupa e necessitando do alimento
diário, e um de vocês lhes disser: “Vão em paz! Tratem de se aquecer e de
se alimentar bem”, mas não lhes dão o necessário para o corpo, qual é o
proveito disso?” (Tg 2.15,16). Nesse texto, Tiago fala sobre necessidades
físicas, mas podemos agregar a isso as necessidades emocionais e espirituais
também. Quanto podemos ajudar alguém apenas ouvindo! A Bíblia nos ensina que
devemos “levar as cargas pesadas uns dos
outros e, assim, estaremos cumprindo a Lei de Cristo”. Ouvir as pessoas é
curativo. Quando conseguimos falar dos nossos problemas e dificuldades,
iniciamos o processo de cura e solução! E, mais uma vez, este é um princípio bíblico: “Confessai,
pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes
curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16). Esse confessar nada mais é do que reconhecer
nossas limitações e compreender que precisamos uns dos outros na nossa
caminhada! E a melhor ajuda que podemos dar a alguém que está passando por
aflições, além de ouvi-la, é orar por ela. Então, empatia não é apenas um sentimento,
é ação!
●O exemplo de Jesus:
O
termo “empatia” pode ser atual, no entanto, o sentimento perpassa toda a
história da humanidade sendo um dos principais ensinamentos de Jesus: Amem uns aos
outros. Como eu os amei (Jo 13.34). Que nós possamos amar como ele nos amou;
que, em tempos de dor, possamos sentir e agir, olhando em direção ao outro; e,
mesmo em tempos tão difíceis, que possamos perseverar “na doutrina dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2.42).
Cerla Knevitz
Professora
Membro da CEL Concórdia –
POA/RS
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