A situação na igreja também está voltando ao normal. Mas muitos fiéis ainda não voltaram.
A pandemia ainda não acabou, mas deu uma boa
abrandada. Agradeço a Deus que ele está ouvindo as orações do seu povo e está
abençoando os esforços que estão sendo feitos para controlar a pandemia. Muitas
dúvidas e contradições ainda pairam no ar, mas aos poucos a vida está voltando
ao normal, mantendo-se os devidos cuidados recomendados.
A
situação na igreja também está voltando ao normal. A frequência aos cultos já
está liberada dentro de certos critérios. Mas muitos fiéis ainda não voltaram.
Alguns ainda estão com receio devido à sua situação particular de risco; outros
se acomodaram e preferem assistir o culto no conforto do sofá; ainda outros
amornaram, e, como alguém que fica sem boa alimentação por longo tempo, estão
fracos e anêmicos.
É hora de
ir em busca das ovelhas que ainda não voltaram ao rebanho. Às vezes falta uma
palavra de incentivo, um telefonema afirmando a saudade que temos das pessoas
que há tempo não comparecem ao culto, um WhatsApp compartilhando o que está
acontecendo nos cultos e departamentos. Fica aqui o desafio à criatividade para
trazer os irmãos de volta à comunhão. Os pastores devem redobrar as visitas
pastorais, compartilhando o amor cristão e um estudo da Palavra. Os membros da
igreja devem se incentivar mutuamente, convidando familiares e amigos para
voltar à vida de comunhão na igreja. Se alguém se sente envergonhado em voltar
por estar muito tempo sem contato, entregue-se nas mãos graciosas de Deus. Ele
acolhe a todos.
Esta
busca pelos afastados não pode ser feita na base da lei e da cobrança.
Comentários irônicos, obrigatoriedade ou outras formas de pressão não resolvem,
mas podem até ter efeito contrário. É muito comum ouvir-se: “Bah, vai chover!!!
Há quanto tempo não te vejo...”. Esse comentário é mais do que um balde de água
fria na pessoa que está voltando. Às vezes, essa pessoa veio ao culto porque
está enfrentando uma crise e está precisando de uma Palavra de Deus e de um
momento de comunhão. E a recepção que recebe é decepcionante. Talvez nunca mais
volte...
Lutero comenta sobre a participação na santa ceia:
“As
pessoas não querem mais ir ao sacramento da santa ceia e o desprezam. Aqui, de
novo, é preciso martelar, entendido, porém, que a ninguém devemos coagir à fé
ou ao sacramento, nem determinar lei, tempo ou lugar. Cumpre, isto sim, que
preguemos de tal maneira que eles mesmos, sem lei nossa, impulsionem-se e como
que obriguem a nós pastores a que administremos o sacramento. A maneira de
fazer isto é dizer-lhes: Quem não procura nem deseja o sacramento pelos menos
umas quatro vezes ao ano, deve temer-se que tal despreza o sacramento e que não
é cristão, da mesma forma, como não é cristão aquele que não crê ou não ouve o
Evangelho. Pois Cristo não disse: “Deixai isto”, ou: “Desprezai isto”, porém:
“Fazei isto, todas as vezes que o beberdes”(Bíblia Sagrada com reflexões de Lutero, 1Co 11.25).
É um
grande privilégio que nós temos de participar da santa ceia. Jesus nos convida
a participar de uma ceia muito especial, em que ele próprio dá o seu corpo e
sangue a nós para perdão de nossos pecados. Quem não gosta de ser convidado para
um bom almoço? Quem rejeita o convite de um amigo para participar de uma festa?
Aproveite esta oportunidade em que o amigo Jesus nos convida para participar da
sua ceia e venha com alegria celebrar este momento sagrado!
Esta
pandemia nos levou a refletir sobre a brevidade da nossa vida. Muitos perderam
entes queridos. Os que estão lendo estas linhas ainda estão vivos; até quando?
Por mais responsáveis que devemos ser em nossos compromissos com a família, com
nosso trabalho e com a sociedade, sentimos bem de perto que a vida é breve e
que devemos nos preparar para a outra vida. Quando chegar a nossa hora,
queremos partir em paz e ser acolhidos pelos braços amorosos de nosso Senhor
Jesus Cristo. Costumo dizer: Quem é amigo de Jesus aqui, será amigo de Jesus
lá. O contrário também é verdade. É necessário reforçarmos a nossa amizade com
Jesus dando ouvidos à sua Palavra em casa e na igreja, participando da ceia que
ele nos oferece, e conversando com ele seguidamente em oração.
“Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos”
(Salmo 133.1).
Carlos Walter Winterle
Pastor emérito
cwwinterle@gmail.com
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