“Não vivam conforme os padrões deste mundo”, adverte a Bíblia.
No final de cada ano sempre
chegamos atrasados. E não é pouca coisa. São seis horas. Se tempo é dinheiro
para este mundo que gira em torno dos lucros, então o prejuízo é considerável.
Falo dos ponteiros do nosso relógio que não estão sincronizados com a rotação
da Terra no ano sideral. O movimento de 360 graus deveria ser precisamente de
24 horas, no entanto, nosso planeta faz o seu rodopio em 23 horas e uns 56
minutos quando a referência são as estrelas. E assim, “perdemos tempo” no final
de cada ano nesta viagem gravitacional ao redor do Sol.
Um problema resolvido por
Gregório XIII, que em 1582 inventou a regra dos anos bissextos e o calendário
que hoje seguimos. No quesito “exatidão”, porém, ainda é uma contagem imprecisa
– coisa normal neste mundo imperfeito.
Tudo seria apenas seis horas de atraso se não fosse o meteoro Covid-19 que caiu
bem em cima de nossa cabeça e implodiu as metas de uma agenda que ficou toda
bagunçada. Quanta coisa planejada nestes últimos dois anos e que foi para o
espaço – não sideral, mas do buraco negro de um mundo impreciso e cheio de
surpresas. Bem disse o sábio que “as pessoas podem fazer seus planos, porém é o
Senhor Deus quem dá a última palavra” (Pv 16.1). E acreditem ou não, os
compromissos do relógio sempre vão complicar a nossa vida quando tempo é muito
mais que uma contagem cronológica. Tempo é oportunidade.
“Aproveitem bem o tempo porque os dias são maus”, lembra o texto sagrado. E
indica o percurso: “Não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é
vontade do Senhor” (Ef 5.16,17). Insensato, no original grego da Bíblia,
significa literalmente “sem mente”. Uma pessoa insensata é desmiolada,
imprudente, confusa. Esta pessoa somos todos nós, com tendência em usar a massa
cinzenta para planejar e praticar coisas absurdas. E daí, quando são quase 8
bilhões de desmiolados e seis horas de atraso na vida de cada um, o prejuízo
somado é enorme neste planeta atrasado.
“Não vivam conforme os padrões deste mundo”, adverte a Bíblia, “mas deixem que
Deus os transforme pela renovação da mente, para que possam experimentar qual é
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2). Se para o mundo
inteligente, é tempo jogado fora seguir a vontade de Deus – estas “coisas da
Bíblia”, vale lembrar que o Deus do Natal não obriga ninguém a bater ponto no
serviço do seu reino. Somos livres para servir, transformados e motivados pelo
tempo que Jesus, sem atraso, entregou sua vida por nós. Ou, como escreve Paulo,
“quando chegou o tempo certo, Deus enviou o seu próprio Filho” (Gl 4.4).
E
assim, pouco importa se chegamos atrasados nos compromissos desta humanidade
descompromissada com o tempo de Deus. O que interessa mesmo é chegarmos
adiantados na vida que se renova. Desejo divino que gira em torno de um
mandamento, o amor. Ou, como disse o Salvador: “Assim como eu os amei, que
também vocês amem uns aos outros” (Jo 13.34). É tudo o que precisamos nestes
tempos tão atrasados.
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