E a frequência? Como vai?


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13/03/2022 #Opinião #Exclusivo Assinantes #Reflexão

“Não deixemos de nos congregar, como é costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações, ainda mais agora que vocês veem que o Dia se aproxima”.

E a frequência? Como vai?

É possível que em algum momento você tenha se questionado sobre a sua frequência (participação) à igreja e sobre a quantidade de cultos de que você participa. Mas o que é ter uma boa frequência à igreja? E como saber se estou tendo uma boa frequência ou não? Essas são perguntas que inquietaram muitas pessoas, especialmente porque entendemos que precisamos do perdão de Deus através da sua Palavra e da santa ceia. Essa foi a pergunta que inquietou muitas pessoas quando houve restrição na participação dos cultos e quando em alguns momentos ficamos sem poder ter cultos durante o período de pandemia.

O assunto frequência não é algo que mexe somente com a igreja. Na escola, uma boa frequência é ter acima dos 75% de presença em sala de aula. Uma boa frequência cardíaca vai depender da sua idade e do seu estilo de vida. Uma boa música também depende de uma boa frequência. Mas quando falamos de frequência à igreja, não temos um padrão para seguir. Por outro lado, quando falamos da nossa realidade diante de Deus e dos benefícios que estão presentes no culto, não podemos fazer outra coisa senão ir constantemente ao culto.

No jardim do Éden havia 100% de frequência no relacionamento entre Deus e o ser humano. Um relacionamento perfeito! Mas o ser humano desobedeceu a Deus e, com isso, trouxe uma frequência manchada pelo pecado. Não há mais aquele 100% de frequência que havia no paraíso. Agora há somente o pecado dentro de cada um de nós. Se fizermos uma avaliação sincera da nossa vida e da nossa frequência à igreja, veremos que até o mais participativo sabe que a sua frequência não agrada a Deus. Não se trata de criar um padrão de dias para participação, mas se trata do grande amor de Deus por nós que é oferecido a todos constantemente na igreja, em especial nos cultos.

Por isso, a frequência aos cultos, apesar de importante, não deve ser assunto primeiro, mas é resultado de uma vida de arrependimento e de buscar as bênçãos oferecidas no culto. Não se trata de uma quantidade mínima e máxima de participação, mas se trata de reconhecer o pecado e buscar a ajuda para a vida aqui e por toda a eternidade.

O grande problema que acontece quando falamos de frequência à igreja não é quantidade mínima ou máxima de participação, mas quando não há nenhuma participação da parte de alguns. Para isso, o apóstolo Paulo recomenda: “Não deixemos de nos congregar, como é costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações, ainda mais agora que vocês veem que o Dia se aproxima” (Hb 10.25). Nenhum de nós tem forças para sozinho enxergar o pecado e voltar-se para Deus. Por isso Deus constantemente nos convida ao arrependimento e a nos voltarmos para ele, que nos recebe em amor.

Viver o cristianismo não é ter 75% de presença e também não é uma linda melodia que se ouve. Viver o cristianismo, ter uma boa frequência, é receber todas as bênçãos de Deus enquanto o coração estiver batendo e para quando o coração parar de bater. Quantas vezes? Sempre que o perdão for oferecido! Por isso: “busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6.33). Se você reconhece que precisa de Jesus, o Salvador, e busca o seu auxílio, você tem uma boa frequência!

Franco Thomassen

Pastor

Erechim, RS

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