Páscoa dá sentido à vida. Desperta fé, amor e esperança. Esperança... sim, esperança! Feliz e abençoada Páscoa!
“Abraão, esperando contra a esperança, creu,
para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe havia sido dito: ‘Assim será a
sua descendência’” (Rm 4.18).
Abraão e sua esposa Sara já eram bem idosos. Estavam
naquela fase em que a vida já tirou da gente quase tudo que outrora nos deu. Com
certeza tinham memórias de pessoas amigas que passaram por seus caminhos,
lugares por onde andaram, saudades de outras épocas. Muita coisa devia passar
na cabeça daqueles dois velhinhos solitários no outono de suas vidas. Mas, eis
que recebem uma promessa: dali sairia uma grande nação. Porém, como, naquela
altura, eles teriam um filho? Como aqueles corpos já desgastados pelo tempo
poderiam contrariar a biologia e gerar uma vida? Não restava para eles
desfrutar a companhia um do outro nos poucos anos que os separavam de sua
morte?
Desde
a queda em pecado, o ser humano tem passado por dores, sofrimentos e morte. Qual
o seu sofrimento ao ler essa mensagem? Nos últimos dois anos, diante de um
vírus implacável, muitos choram e vivem o luto da perda prematura de pessoas
amadas. Se não bastasse essa
desolação, voltamos a sentir medo com rumores de uma terceira guerra. As
sombras da morte parecem se estender e nos cercam. Tem horas que dá vontade de
dizer: “Porque há
esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, voltará a brotar, e não cessarão
os seus rebentos. [...] como as
águas gastam as pedras, e as cheias levam o pó da terra, assim [Deus] destróis a esperança humana (Jó 14.7,19).
Mas ninguém pode viver sem esperança. Sem
esperança, caímos na indiferença. Ficamos desesperados. Como ter esperança quando
tudo parece ir contra a esperança?
“Abraão, esperando contra a esperança, creu”.
Apesar de tudo, Abraão creu. Sua fé não era um otimismo ingênuo. Era uma
esperança genuína. Ele já havia experimentado que Deus cumpre suas promessas.
Ele nunca havia ficado na mão. A
esperança genuína é aquela em que aquilo que se espera já se anunciou. Aqui e
agora, pela Bíblia, já temos um gostinho do que esperamos.
Sem esperança não há vida. Mas a Páscoa, com a ressurreição
de Cristo, coloca isso de outro modo: porque há vida, há esperança. Quando a
morte parecia triunfar, a vida irrompeu. Na Páscoa, vence a vida, e vai à óbito, a morte! O
sepulcro estava vazio. A cruz estava vazia. Apesar da morte, a vida ressurgiu.
É sobre isso que se assenta nossa esperança. Na Páscoa lembramos que as sombras
não podem vencer a luz. A vida vence a morte.
Crer
nisso dá sentido e esperança à vida, mesmo que os sinais da morte e da
destruição estejam em toda a parte.
Nessas
lutas, haverá vitórias e derrotas. Mas, toda vitória da justiça sobre a
injustiça, da saúde sobre a doença, da alegria sobre o sofrimento, da paz sobre
a guerra, da esperança sobre o desespero, da vida sobre a morte nos mostra que
o sepulcro não pode segurar a quem Deus ressuscita. Por isso podemos e devemos
viver a ressurreição já agora. “Porque na
esperança fomos salvos. Ora, esperança que se vê não é esperança. Pois quem
espera o que está vendo? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência
o aguardamos” (Rm 8.24,25).
A arqueira branca deixa de lado seu arco. Esquece seu treino, esquece suas costas vergadas. Pega seu filho tão querido, tão sofrido nos braços e, sentindo uma imensa dor em seu coração, entrega ...
Que bênção é termos o SENHOR como confessor. Aos seus cuidados podemos orar com os segredos de nosso coração. Com as tristes histórias que poucos sabem. Com as dores que apenas nós sentimos
É preciso ler a Bíblia. Mas a simples leitura também não resolve muita coisa. É preciso crer no que a Bíblia ensina. Além disso, é preciso compartilhar o aprendizado feito.
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