Pastor Martim Stern


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29/04/2022 #Congregações #Exclusivo Assinantes #Reflexão

“Lembrem-se dos seus líderes, os quais pregaram a palavra de Deus a vocês [...] honrem sempre os que são como ele” (Hb 13.7; Fp 2.29)

Pastor Martim Stern

A vida de um pastor e pai dedicado ao Senhor

 

No dia 10 de janeiro de 1957, nosso pai, Martim Stern, casou-se com Herta Stern. Em dezembro do ano anterior, ele havia se formado na Faculdade de Teologia do Seminário Concórdia, de Porto Alegre, RS. O interessante é que seu pai, Emílio Stern, lhe propôs que ficasse em casa, fosse herdeiro de terras como os outros filhos; mas ele optou pelo ministério pastoral. Seu primeiro lugar como pastor foi Mata, na época Distrito de General Vargas, RS, que também foi o lugar de seu estágio. Pastor Martim e Herta também foram professores na Escola Luterana da Congregação. No ano de 1959, nascia a primeira filha, Christiane, e, no ano seguinte, mudaram-se para Joinville, SC. E em outubro de 1960, nascia Eliane; nos anos seguintes, Susane, e, mais tarde Luciane. Foi um ministério ricamente abençoado, pois em apenas 12 anos já havia um acréscimo de vários pontos de pregação, que mais tarde tornaram-se congregações. Nosso pai, sempre acompanhado pela fiel companheira Herta, destacava-se no incentivo aos departamentos de Escola Dominical, no qual nossa mãe ensinava belos hinos e histórias bíblicas. Os departamentos de Servas e leigos eram promissores, e o de jovens, traziam-lhe uma alegria especial. A Congregação Santíssima Trindade recebia importantes visitantes que vinham dos mais distantes lugares, pois era rota, centro para várias cidades. Lembro-me ainda da inauguração do grande Lar para eventos, corais, teatro, esportes; nosso pai era um grande incentivador dessas atividades multidisciplinares. Em 1972, recebeu chamado para Taquara, RS. Nossa mãe estava grávida, e então nasceu André Martim Stern; finalmente chegara o menino da família. Em Taquara, igualmente o trabalho floresceu, com campanhas evangelísticas nas quais éramos suas ajudantes; gostávamos muito de participar de eventos onde a música era o destaque. Nosso pai era para nós um grande incentivador, e como nossa mãe era musicista, nossa família tinha a característica de sempre cantar e louvar a Deus por tudo que podíamos lhe ser gratos. No ano de 1983, nossa mãe, acometida por leucemia aguda, foi chamada para os braços do Pai. Eliane e eu já estávamos casadas, porém nossas manas e irmão ainda estavam em casa; houve um grande sentimento de perda, mas também de conforto por respeitarmos a vontade de nosso Deus. Mais tarde, nosso pai casou-se com dona Edith Homfeldt, e decidiram mudar-se para o Rio de Janeiro, onde ela residia. O pai pôde trabalhar em várias frentes missionárias, bem como em congregações, inclusive ajudando no trabalho de imersão em Varginha e Juiz de Fora, MG. Mudaram-se então para Vila Velha, ES. Lá puderam ser ativos em congregações como membros, cada qual com seus dons, pois o pai já tinha então recebido o título de emérito. Em outro momento, residiram por um tempo em Viamão, RS, onde puderam desfrutar do belo Lar da Associação Evangélica Lar do Idoso (AELI). Por fim, nossa madrasta quis retornar para Vila Velha, ES, onde faleceu por complicações de uma embolia pulmonar. Nosso pai, hoje, reside em Joinville, SC, sofreu uma isquemia cerebral e necessita cuidados constantes. As minhas irmãs Eliane e Luciane lhe dão o apoio que necessita. Uma vida dedicada ao Senhor, uma vida repleta de compromissos, nos quais Deus esteve sempre em primeiro lugar. Nosso pai querido, amado, seu lema: Deus proverá! Nossa gratidão a Deus por tudo que o nosso pai pode fazer no Reino de Deus e como exemplo de fé para nós, seus filhos, netos, bisnetos e tataraneta. (Christiane Stern Lehenbauer - Serra, ES)

MARTIM STERN (EM POUCAS PALAVRAS)

Sou filho de Emílio e Augusta Stern. Nasci no lugar onde começou a nossa IELB, em Bom Jesus, São Lourenço do Sul, RS, no dia 31 de janeiro de 1932. Fui batizado em 20 de março do mesmo ano pelo pastor Benjamim Flor. Quando eu tinha 9 meses, meus pais se mudaram para Passo Santana, Pedro Osório, RS. Com 15 anos fui para o Seminário Concórdia, onde me formei em Teologia no ano de 1957. A minha primeira paróquia foi Sertão da Mata, RS, onde trabalhei durante dois anos e meio. Lá, meu meio de transporte foi um cavalo. Em abril de 1960 vim trabalhar em Joinville, SC, Paróquia Santíssima Trindade. Atendia 13 lugares. Precisei aprender alemão para realizar os trabalhos, tanto em alemão como em português. Fundamos o departamento das servas em abril de 1960. Ainda destaco a continuidade do trabalho com os jovens e o coral. Reformamos e ampliamos o templo. Pude ajudar no planejamento da nova fachada. Realizamos a construção de um pavilhão com quadra de esporte. Com alegria e gratidão a Deus, compartilho o início do trabalho em Florianópolis, capital do estado de SC. O primeiro culto aconteceu, a pedido do presidente da IELB, pastor Arnold William Schneider, ministrado por mim, com a presença de 17 pessoas. A partir daí, era uma vez por mês, ficava três dias em Florianópolis, oficiando cultos e fazendo visitas a membros e prospectos, bem como na procura de um terreno apropriado para o trabalho na capital. Com a graça de Deus, no dia 19 de setembro de 1961, foi fundada a Comunidade Evangélica Luterana Concórdia, no bairro Estreito, pertencendo inicialmente à Paróquia de Joinville. Atendia Florianópolis uma vez por mês, até a chegada do primeiro pastor residente, pastor José Solon Hoffmann, instalado em julho de 1963. Mudamos, no início de 1972, para Taquara, RS, para a congregação São Paulo, atendendo também Parobé e mais alguns pontos de pregação. Em 1985, mudamos para o Rio de Janeiro, onde atendi a Congregação da Paz durante 15 meses, como pastor interino. Sendo convidado por famílias de Juiz de Fora e Varginha, MG, organizei oficialmente a Congregação de Juiz de Fora, e dela recebi e aceitei chamado, trabalhando lá até completar 70 anos, quando me tornei pastor emérito. Ocupo o meu tempo lendo e meditando na Palavra de Deus. Aproveito para orar por todos. Procuro testemunhar o amor de Deus para familiares, amigos e vizinhos. Agradeço a Deus por minha família e amigos, por todos os dons, bens e tempo que me concedeu e concede ainda. Prossigo para o alvo, que é a vida celeste com Deus. Servir ao Senhor com alegria e amor sempre foi o meu lema, e coloco-me à disposição do Senhor para continuar servindo. 

 (Texto escrito pelo pastor emérito Martim Stern, em maio de 2017.)

 

 

Carlos Walter Winterle

Pastor emérito

cwwinterle@gmail.com

 

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Santa Cruz do Sul, RS cwwinterle@gmail.com

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