Natal, solidão e Emanuel


15/12/2022 #Reflexão #Artigos #Devocionais

Triste é passar um Natal sozinho. Sem ninguém próximo para abraçar e ser abraçado.

Natal, solidão e Emanuel

Triste é passar um Natal sozinho. Sem ninguém próximo ou com afinidade para abraçar e ser abraçado. Enquanto famílias encontram-se para festejar e trocar presentes, deve haver algum solitário na noite de Natal. O morador de rua. O trabalhador que teve escala naquela noite. O paciente da clínica. O internado no hospital.

 

A solidão natalina também pode acontecer quando estamos cercados de pessoas. Festejos, brindes, trocas de presentes. E, no coração, um vazio.  Por estar longe da família. Por ser o primeiro, ou mais um de vários natais com a saudade de quem está apenas nas fotografias. Além, é claro, das crises depressivas que podem tornar cinzentos os coloridos enfeites de Natal.

 

Essa solidão pode ser dissipada e suavizada quando olhamos para o porquê se comemora o Natal. É preciso olhar para a manjedoura. Para o presépio. E ver que o menino Jesus é o cumprimento das promessas do Senhor. Inclusive, de uma promessa feita nos tempos do profeta Isaías. O cumprimento está registrado em Mateus 1.22-23. Falando a respeito do nascimento de Jesus, o texto diz: “Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito por meio do profeta: ‘A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel’ (Emanuel quer dizer ‘Deus está conosco’)”.

 

Natal é a festa do Emanuel. Do Deus conosco. Do verbo que se fez carne e habitou entre nós. Do céu que veio à terra. Do Filho de Deus que veio pagar a conta do nosso pecado e nos trazer perdão e redenção.

 

O Natal que é apenas das festas e presentes é, além de vazio, sem consolo algum para o que está só. Mas o Natal de Jesus, o Emanuel, nos assegura que jamais passaremos um Natal sozinho. Mesmo que a solidão ronde o coração, este coração está selado, pelo batismo, como morada do Espírito Santo.

 

O Natal de Jesus é para o solitário, o aflito. Para o que se sente invisível em meio à multidão. Há alguém que está conosco. Que vê a sensação de solidão. Que conhece a saudade dos que já se foram. Que está ao lado dos que passam a noite de Natal trabalhando, viajando, internados em um hospital e até mesmo com o morador de rua que crê no menino Jesus.

 

Então fica a dica: Jesus, o Emanuel, nos garante: “eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). Essa promessa também vale para a noite de Natal. Que pode ser cheia de gente e alegria. Mas, por vezes, de solidão e saudade. Mas jamais será sem a salvação no menino Jesus.

 

 

Bruno Serves

Pastor em Candelária, RS


Bruno Krüger Serves

Pastor em Candelária, RS

Reflexão Leia mais


Notícias Leia mais


Assine o Mensageiro Luterano e
tenha acesso online ou receba a
nossa revista impressa

Ver planos