Com os anjos, adoremos


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11/12/2020 #Reflexão #Editora Concórdia

“Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem!”

Com os anjos, adoremos

Você já viu em alguma cena natalina um anjo de aparência assustadora? Eu também não. Eles geralmente são crianças fofinhas, belas mulheres ou então homens com aparência bastante efeminada. O mesmo acontece com os anjos das árvores e dos cartões de Natal. Mas isto não está certo.

Biblicamente falando, os anjos são criaturas “atemorizantes”. Não porque sejam feios, mas por causa da sublimidade de um encontro com um ser celestial. A resposta humana mais comum, ao longo da Bíblia, para tal encontro, é medo. Quase todos os episódios resultaram nos seres humanos se prostrando diante do visitante. Assim, ouvimos com frequência o refrão: “Não temas”. No Apocalipse, a cena fica ainda mais assustadora, uma vez que os anjos que trazem a ira de Deus esperam ser despachados. Claramente, os anjos não devem ser subestimados.

Este foi o caso quando um grupo de anjos visitou alguns pastores que cuidavam de seus rebanhos na noite do nascimento de Jesus. Aqueles pastores “ficaram tomados de grande temor”. O anjo lhes disse: “Não temais”. E aqueles mensageiros de Deus trouxeram a mais maravilhosa mensagem: o Cristo, o Messias, havia nascido naquele dia (Lc 2. 8-14).

A atitude dos anjos, os próprios mensageiros das boas novas, é propícia nesta época natalina. Ao trazerem a mensagem, eles adoraram (Lc 2.14).

Eles adoraram a Deus pelo que Deus é.

“Glória  a Deus”, exclamaram, “nas maiores alturas”. Ele não é qualquer “deusinho” que se tira do armário uma vez ao ano. Ele é Deus nas alturas. O Deus Criador! Ele é o único Deus verdadeiro e digno de nossa adoração (v. 14a).

Eles adoraram a Deus pelo que ele faz.

Deus realizou algo maravilhoso: ao invés de nos abandonar em nossos pecados, ele enviou o seu Filho e, com ele, “paz na terra entre os homens”. A paz proclamada não é paz política, como alguns desejam, mas a paz firmada entre pecadores rebeldes e seu Rei Justo (Lc 2. 14b).

Eles adoraram a Deus pelo seu amor.

Deus não tinha que enviar o seu Filho. Ele teria o direito de acabar com tudo e começar tudo de novo. Mas não o quis. Deus agiu com misericórdia para nos salvar. E o fez porque esta é a sua vontade: enviar o seu Filho para salvar “os homens, a quem ele quer bem” (Lc 2.14c).

A resposta à história do Natal, com seus anjos, não é “oh, que gracinha”, mas, sim, “oh, quão gracioso”! No Natal, podemos nos juntar aos anjos, grandes e valorosas criaturas de Deus, em adoração, levantando as nossas vozes a Deus em gratidão.

Com os anjos, adoremos a Deus neste Natal e em todos os dias de nossa vida: “Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem”!

 

Peter Beck

www.crosswalk.com/who-is-jesus/birth-of-jesus-christ/why-the-angels-worshiped-at-christmas-11597144.html

Trad. e adap. por Paulo Samuel Albrecht,

Pastor Capelão da Aeronáutica

Texto publicado na edição de dezembro de 2013.

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