Pesquisa mostra que brasileiros são os que mais se sentem solitários diante das restrições sociais
No mês de março, foram
divulgados dados a respeito de uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos em
28 países a respeito do sentimento de solidão em meio ao distanciamento social.
Dentre os países investigados, nós, os brasileiros, fomos considerados as
pessoas que mais se sentem solitárias diante das restrições sociais. No Brasil,
50% das mil pessoas entrevistadas afirmaram sentir-se sozinhas frequentemente,
às vezes ou sempre. Já na Holanda, país com menor índice dessa sensação de
solidão, apenas 16% dos entrevistados afirmaram experimentar esse sentimento.
Diante desses números, podemos interpretá-los sob o pano de
fundo de que somos um povo caloroso, com fortes vínculos sociais e emocionais. Gostamos
de ter a casa cheia em nosso aniversário, de juntar a família para celebrar uma
data especial, de passear pelos parques e encontrar os amigos. E, como
cristãos, cultivamos a grande bênção de estarmos cercados de nossos irmãos e
irmãs na fé em cultos, estudos, congressos e atividades de nossas congregações.
E, quando os protocolos necessários para enfrentar uma pandemia nos privam do
calor humano, quem sabe seja uma infeliz naturalidade que nós brasileiros
sejamos o povo que mais sente solidão em tempos de Covid-19.
Precisamos confessar que não é somente estes tempos sombrios
de pandemia que despertam a solidão em nosso coração. Enfrentamos situações ao
longo da vida que nos alimentam com um sentimento de solidão, que vai muito
além de sentir-se longe de pessoas, mas de sentir-se esquecido pelo Senhor
Deus. Um acidente, uma grave enfermidade, um casamento que deu errado,
desemprego e, especialmente, um doloroso luto. Em situações como essas, somos
tentados a clamar: “Deus, por que me abandonaste?”.
Aliás, a expressão acima nos lembra de alguém, não é mesmo? Aquele
que agonizava na cruz gritou bem alto: “Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?” (Lc 27.46). Sabemos quem fez este triste clamor. Foi o nosso
Jesus, o nosso Redentor. Ele, sim, experimentou o triste e terrível abandono do
Senhor. A culpa é nossa. Somos dignos do total esquecimento e maldição de Deus.
Mas, por amor, quem foi esquecido não fui eu nem você, foi Jesus. E por ele ter
bebido o cálice da ira e do esquecimento de Deus, temos perdão e salvação.
E é justamente por causa do que Jesus fez por nós, que
podemos nos confortar na promessa do Senhor: “Eu nunca os deixarei e jamais os
abandonarei” (Hb 13.5). A cruz não nos mostra um Deus indiferente e que
abandona, mas a cruz nos aponta para um Deus que não abandona, não esquece.
Este Deus de amor não abandona seus filhos que choram diante do luto, que
lamentam o fracasso familiar, que perdem o sono pensando no sustento dos
filhos. E, em tempos de hospitais lotados, o Senhor Deus diz para seus filhos e
filhas isolados em quartos e UTIs: “Eu nunca os deixarei e jamais os
abandonarei”.
Será o Brasil o país da solidão nesta
pandemia? Pode até ser. Mas quando o assunto é o cuidado do Senhor Deus, não
nos esqueçamos da promessa que Jesus nos fez: “Lembrem disto: eu estou com
vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). Quando a solidão rondar
o coração, apegue-se à Palavra e conforte-se no Emanuel, Deus Conosco, que é
“socorro que não falta em tempos de aflição” (Sl 46.1).
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