No Domingo de Páscoa apenas uma certeza...!


04/04/2021 #Mulheres

Confira a mensagem de Páscoa da Liga de Servas Luteranas do Brasil

No Domingo de Páscoa apenas uma certeza...!

Presenciamos um tempo em que morte está sendo “curtida” de uma maneira terrível. Ela é noticiada, televisionada, vendida como produto de audiência. A intenção, alcançada, é chocar, horrorizar e amedrontar. Pessoas vacinadas choram emocionadas como se tivessem saído do corredor da morte e em parte com razão, tamanho o horror que a morte nos causa. Então olhamos para o Domingo de Páscoa e perguntamos junto com o apóstolo Paulo: “Onde está, ó morte a sua vitória? Onde está ó morte, o seu poder de ferir?” – (1Co 15) – No domingo de Páscoa, surpresos e admirados olhamos para um túmulo vazio, um atestado de vida.

Os acontecimentos da Semana Santa revelam o desenrolar de um drama que contem expectativas, escândalo, sofrimento e morte. Há o momento de expectativa e exaltação vividas no Domingo de Ramos, “- Hosana a Deus! Que Deus abençoe aquele que vem em nome do Senhor! Que Deus abençoe o rei de Israel!” – (Jo 12), e depois na mesma semana a revolta dos que gritam “- Mata! Mata! Crucifica!” – (Jo 19), a injustiça de um julgamento feito às pressas e o violentíssimo processo de flagelo, tortura, humilhação, crucificação e morte extremamente sofrida na cruz. Depois do brado na cruz “-Tudo está consumado!” – (Jo 19) a confirmação da morte com um talho medonho no abdômen de Jesus, de onde saem água e sangue atestando a sua morte. Jesus clama que tudo terminou, a obra da salvação está completa, mas os discípulos entendem apenas que as esperanças de outro tipo de restauração terminaram, agora temiam pela sua própria vida.

Sem vida, Jesus é retirado da cruz. Às pressas, é enrolado em um lençol e colocado num túmulo novo. Não há tempo de preparar o corpo para o sepultamento, a Páscoa estava começando, o serviço fica para quando terminar o sábado. Atordoados pela dor do que tinham visto e vivido, com a consciência arrasada por terem abandonado o mestre, os discípulos se escondem com medo dos judeus, teriam eles o mesmo destino, a morte?

No domingo de manhã havia apenas uma certeza, de que no túmulo havia um corpo sem vida. Marias se dirigem ao local, o coração pesado pela dor, a profunda tristeza de preparar o corpo sem vida do Senhor da Vida, e se despedir, é o adeus! No caminho uma preocupação de ordem prática, quem vai retirar a pedra que fecha o túmulo? Ao se aproximarem algo estranho, o túmulo já está aberto, retiraram, roubaram o corpo do Senhor pensa Maria Madalena, mas o anjo diz: “– Não tenham medo! Sei que vocês estão procurando Jesus, que foi crucificado, mas ele não está aqui; já foi ressuscitado como tinha dito. Venham ver o local onde ele foi posto.” (Mt 28)

É difícil crer na ressurreição mesmo que um anjo conte isso, tamanha era a certeza de morte, até que Jesus aparece e se mostra, conversa, se alimenta, abraça, é possível colocar a mão no lado que foi cortado e onde os pregos o perfuraram. Num primeiro momento acham que é uma visão, mas ele está ali, vivo. E agora no domingo de Páscoa há apenas uma certeza, Jesus está vivo! E nessa certeza caminhamos junto com os discípulos, ele está, vivo, a morte foi vencida e tudo o que tinha que ser feito pela nossa salvação, foi feito. O Santo de Deus voluntariamente entregou a sua vida e a retoma, pois é Senhor da vida.

Por isso no domingo de Páscoa há apenas uma certeza, a certeza da ressurreição e da vida!

Pastor Rubens José Ogg

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