Para onde olhar? Olhemos para Deus e para povo de Deus, a igreja! Este é o nosso porto seguro!
Já estamos nos aproximando de
um ano e meio de pandemia. Com o avanço da vacinação, já vemos uma luz no fim
do túnel, mas ainda existem muitas incertezas, pois seguidamente ouvimos
notícias de novas variantes do vírus e não temos certeza da eficácia das
vacinas contra elas. Enquanto isso, vemos a crise econômica crescer no Brasil e
no mundo, vemos pessoas ansiosas e com medo, outras em pânico, algumas em
depressão. E quando olhamos para as nossas lideranças no país, nos estados e
nos municípios vemos pessoas com os nervos à flor da pele, quase sempre
trocando acusações, vemos uma polarização e um extremismo como nunca visto na
análise de todas as coisas, enfim, vemos o caos instalado. E tudo isso está
deixando as pessoas cada vez mais sem esperança.
Neste complexo, delicado e
perigoso contexto em que estamos vivendo, para onde podemos olhar? De quem
podemos esperar socorro?
O Salmo 121 relata situações
difíceis e perigosas que o povo de Deus vivia no Antigo Testamento, e ele
também nos mostra para quem valia a pena olhar naquele contexto. Este Salmo era cantado pelos israelitas
enquanto faziam as suas viagens à Jerusalém, aonde iam, de três a quatro vezes
ao ano, para ouvir a leitura da lei de Deus e para oferecer sacrifícios ao
Senhor.
E para onde os israelitas olhavam?
De quem eles buscavam socorro? Entre os povos pagãos da circunvizinhança, alimentava-se
a crença de que os deuses habitavam no alto dos montes, mas os filhos de Deus
olhavam para os montes e diziam: “O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e
a terra” (v. 2). Eles não confiavam num deus que mora nos montes, mas no Deus
que criou os montes e todas as coisas que existem. E o Deus Criador não está
distante e indiferente às necessidades e angústias dos seus filhos, tanto que
que os israelitas proclamam que elenão
permite que os nossos pés vacilem (v. 3); ele não dorme e nem cochila (v. 3 e
4); ele nos guarda e é como uma sombra à nossa direita (v. 5); ele nos cuida de
dia e de noite (v. 6); ele cuida do nosso corpo e da nossa alma (v. 7); o seu
cuidado é por toda a nossa vida (v. 8).
A pandemia e as mazelas que
ela causa apenas desnudam a situação caótica em que vive a humanidade desde que
o pecado entrou no mundo. Elas apenas acentuam as dores, a tristeza, o caos, a
desgraça, a morte. Enfim, elas são como uma lupa que nos fazem ver que não é
nas criaturas que vamos encontrar as respostas que tanto almejamos e precisamos.
O Salmo 121 nos dá dois
importantes ensinamentos: 1º) Não confiem nos deuses que moram nos montes!
Confiem no Deus todo-poderoso, Criador dos céus e da terra! Confiem no Deus
Triúno: Pai, Filho e Espírito Santo! Ele nos criou e nos mantém. Ele nos
redimiu pelo sacrifício realizado por Jesus na cruz do Calvário. Ele nos
santifica através dos meios da graça, a saber, a sua Palavra, o Batismo e a
Santa Ceia. Ele não está distante de nós. Ele não está indiferente à nossa
situação. Em Cristo ele se fez conosco! Ele está e estará conosco até a
consumação do século (Mt 28.20). Confiemos nele! 2º) Cada israelita poderia
fazer a viagem a Jerusalém sozinho ou apenas com a sua família, mas eles,
prudentemente, faziam a viagem em caravanas. Mesmo confiando no Criador do
universo, eles tinham ciência de que precisavam uns dos outros. Nós também
precisamos uns dos outros. Precisamos estar juntos, unidos, em comunhão,
conforme as Escrituram Sagradas nos recomendam com muita ênfase.
Geraldo W. Schüler
Pastor presidente da
IELB
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