Sem
dúvida, quando falamos em perdão, precisamos falar de Jesus, o Filho de Deus.
Ele não somente nos fala e aponta o perdão, mas ele mesmo mostra como se deve
perdoar.
Quando
Jesus estava na cruz, momentos antes de sua morte, ele pede a Deus Pai que
perdoe aqueles soldados que o haviam crucificado, dizendo: “Pai,
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”! (Lc 23.34). Que palavras profundas,
acompanhadas de muito amor e perdão! Essas palavras de Jesus nos constrangem
quando não queremos perdoar nosso semelhante. Isso porque lembramos de outra
ocasião, quando algumas pessoas estavam julgando uma mulher que havia sido pega
em adultério, e a sentença dela seria a morte. Jesus, porém, interveio: “Quem de vocês estiver sem pecado seja o
primeiro a atirar uma pedra nela” (Jo 8.7).
Essas
palavras de Jesus ainda hoje soam em nossos ouvidos, e quando lembramos delas,
não temos mais argumentos válidos para não conceder o perdão! Pois a Bíblia diz:
“Porque o salário do pecado é a
morte” (Rm
6.23) e “todos pecaram e carecem da glória
de Deus”
(Rm 3.23). Sim, todos pecamos e todos precisamos do perdão que Deus
nos concede através de Cristo.
O
perdão é uma força libertadora: é a oportunidade de transformação, de
reconciliação, de uma nova vida. Quando acreditamos no poder do perdão de Deus,
os pecados, os erros, perdem força ou influência sobre nossa vida. Todos os
erros que cometemos são apagados pelo sacrifício pago por Jesus na cruz, e,
pelo sangue de Cristo, somos lavados de toda a impureza. Não há nada melhor do
que se sentir perdoado!
Pela
fé tomamos parte nesse perdão, e nossa vida segue novas direções. Esse novo
caminho fará com que também possamos e devamos dar o perdão ao nosso semelhante,
quando este erra conosco. Deus nos perdoa sem exigir nada; da mesma forma, Deus
nos convida a estendermos esse perdão ao nosso semelhante.
Viver
no pecado, no erro, e não pedir ou dar o perdão, nos torna pessoas tristes, sem
objetivo na vida, e, o principal, não seremos salvos no dia de nossa morte. Ora,
se Deus, que é criador e mantenedor da nossa vida, nos perdoa e apaga os nossos
pecados, por que nós não faríamos o mesmo com o nosso semelhante? Seriamos nós
mais importantes, ou teríamos maior direito de não conceder o perdão ao nosso
semelhante?
Ir ao
culto, fazer nossa devoção diária e frequentar um departamento da nossa igreja,
como a liga de leigos, servas ou jovens, nos dá a oportunidade de relembrar e
estudar sobre o perdão que Cristo nos dá em amor, como ele mesmo disse no
evangelho de Lucas: “Perdoem
e serão perdoados! (Lc 6.37).
Ervino
Martim Spitzer
Pastor
Conselheiro da LLLB
www.lllb.org.br