Já estamos no final de mais um ano! E, com ele, os preparativos para celebrar mais um Natal.
Está
certo. É refrão surrado e batido, mas é preciso dizer. Caramba! Já estamos no
final de mais um ano! E, com ele, os preparativos para celebrar mais um Natal.
Desta vez, sem máscara, distanciamento e isolamento. Graças ao bondoso Deus,
este é o Natal da pandemia superada, assim esperamos. Ainda que carreguemos
suas marcas emocionais. E os lugares vazios na ceia natalina deixados pelas
vítimas da Covid-19 em tantos lares.
Caíram as máscaras, retornaram as agendas cheias. O amigo
secreto. As confraternizações. As festas de fim de ano. Aquela sensação de que
o mundo está por acabar e as pessoas parecem estar atônitas no trânsito, nas
lojas e nos supermercados. Não é à toa que o Instituto de Psicologia Aplicada
relata que a época de natal pode envolver uma grande mistura de sentimentos,
tais como: a ansiedade em preparar um natal dos sonhos; a excitação dos
presentes e da família reunida; a satisfação em ver a alegria dos presentes e
receber bons abraços; a exaustação ao se perceber o gasto de tempo e de
recursos para o natal e o serviço que ainda virá para organizar a bagunça
natalina; e especialmente o sentimento depressivo, quando a vida volta ao
normal no dia 26.
Nesta montanha-russa de emoções e sentimentos, precisamos
ter sabedoria. Para não sermos engolidos pelo Natal do consumismo. Tampouco
sufocados pela agenda cheia. Sabedoria para não deixar de apreciar o brilho de Natal
que reluz da manjedoura. E é brilho que não se desfaz dia 26 de dezembro.
Tenhamos sabedoria para formar um presépio vivo. Mesmo que espalhados
geograficamente, estejamos de joelhos diante do menino que Deus nos deu. Ali
precisamos estar. Com os mais diferentes sentimentos que esta época faz
florescer em nossos corações. E, de joelhos diante do menino Deus, lembrar que
o Natal não é algo subjetivo a esta montanha-russa de sentimentos. O Natal que
celebramos é o Natal de Jesus. Está certo, essa também uma frase surrada e
corriqueira. Mas tão importante de ser relembrada, dita e proclamada nesta
sociedade que convulsiona em seus dilemas políticos, sociais e ideológicos. O Natal
ainda é sobre Jesus. E sempre será.
Para que este Natal de Jesus não seja afogado em nosso
próprio coração por compromissos mil ou por nossos sentimentos, precisamos ter
tempo. Tempo para ouvir a Palavra do menino Jesus. Tempo para estar na casa do
Senhor e desfrutar dos belos programas natalinos. Sejam eles simples e
espontâneos, como os versinhos de uma criança recém-alfabetizada, sejam eles elaborados
em um padrão de espetáculo musical e artístico. Fartemo-nos da Palavra de
Jesus. A fé vem pelo ouvir da Palavra. O
verdadeiro Natal vem pelo ouvir da Palavra. Pela ação da Palavra, Deus nos faz
participantes do presépio vivo.
Tempo para a Palavra. Este é o desafio. Não apenas em
mais um Natal, mas no ritmo frenético do pós-pandemia, já pensando em 2023. Peçamos
a Deus sabedoria para que, dentre as coisas mais importantes da vida, não nos
esqueçamos daquele que é o mais importante. Seja no Natal. Na Páscoa. Nos
cultos de nossa congregação. Nas devoções em família. Ter tempo para o Senhor é
uma de nossas marcas como cristãos.
Festejemos o “Deus Conosco” (Mt 1.23). Seja na
montanha-russa natalina de sentimentos. Seja nas agendas lotadas. Ou nas
correrias de fim de ano. Tenhamos tempo, de qualidade, para festejar o
nascimento do Salvador.
A arqueira branca deixa de lado seu arco. Esquece seu treino, esquece suas costas vergadas. Pega seu filho tão querido, tão sofrido nos braços e, sentindo uma imensa dor em seu coração, entrega ...
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