Ano-Novo: é tempo de fazer promessas?


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22/12/2022 #Artigos #Editora Concórdia #Estudos #Exclusivo Assinantes #Reflexão

Estamos no último mês do ano, logo a passagem do dia 31 dezembro para o dia 1° de janeiro vai acontecer.

Ano-Novo: é tempo de fazer promessas?

Estamos no último mês do ano, logo a passagem do dia 31 dezembro para o dia 1° de janeiro vai acontecer. A título de curiosidade, o Ano-Novo também é chamado de réveillon; a palavra veio do francês e significa despertar ou acordar. É uma referência ao novo período que se inicia. Ano-novo é tempo de, digamos assim, elaborar listas cheias de objetivos apontados para o futuro. É mais ou menos assim: fazer exercícios físicos, ler mais, fazer dieta, estudar mais, visitar mais os pais, ser altruísta e outros. São as chamadas promessas: pequenos contratos internos que a pessoa faz com si própria. Os contratos visam aliviar o sujeito das exigências que ele provoca para si: no ano passado não deu, mas agora vai dar. É fazer as pazes consigo mesmo, visando diminuir a angústia.

A promessa está no campo da fantasia, do ansiar, do pensar. Fantasiar faz parte da condição psíquica do ser humano. A promessa está intimamente ligada com o desejo, ela é uma intensidade momentânea, uma potência motivada pela necessidade de mudança. Modificar indica que a pessoa cogita por algo novo.

De acordo com algumas pesquisas, 90% a 95% das promessas não são realizadas. A promessa carrega um grande ímpeto, uma vez que a pessoa crê que o destino do prometimento já está traçado, no entanto, a tendência do ânimo é reduzir com o passar dos dias. Isso ocorre porque prometer algo já demonstra que não será tão fácil de realizar o que está prometido. Sendo assim, é muito comum as pessoas ficarem permanecendo em ciclos fantasiosos, ou seja, sempre voltando para o campo da promessa, repetindo incessantemente. Promessa é aspirar por algo melhor para o futuro, entretanto, a dificuldade não está no porvir, mas está no presente. Se existe vontade pelo novo, então algo na vida atual não está bem.

ANO-NOVO: É TEMPO DE ENCURTAR PROMESSAS

A vida humana acontece por meio de ações. Portanto, não é necessário esperar pelo futuro, mas a solução está no presente. O que eu vou escrever nas próximas linhas, não é uma receita fixa e infalível sobre realizações, mas são dicas sobre proatividade: o primeiro passo, creio que é um dos mais importantes, é saber o que impede a realização do desejo? Qual seria o gatilho do bloqueio? Segundo passo: não é preciso esperar, invista no momento atual, faça acontecer; terceiro passo: definição das metas, estratégias de alcance e tempo de execução. Quarto passo: dividir o objetivo em pequenas metas, isto é, separar o projeto em reduzidos propósitos é ter uma noção maior do progresso. Último passo: mude o objetivo quando é preciso, em outras palavras, imprevistos acontecem e o alvo pode não ser atingido. Assim sendo, é importante mudar o objetivo para não sucumbir o plano maior. Enfim, leitor, são algumas ideias que visam evitar os ciclos viciosos. Podemos lembrar da definição de réveillon: despertar, todavia, despertar das amarras dos ciclos e enredos tecidos pela ansiedade contemporânea.

ANO-NOVO:

É TEMPO DE RECONHECER QUE DEUS SUPRIRÁ TODAS AS NECESSIDADES

 

Através da obra vicária de Jesus Cristo, Deus garantiu a sua generosidade para o ser humano pecador. O Filho de Deus, por meio de sua Palavra, tornou possível a comunhão do homem com o Criador. O ser humano é participante das bênçãos provindas do amor de Jesus. Isso posto, é válido afirmar: entre abarrotadas promessas, não existe coisa melhor do que confiar na graça do Senhor Jesus Cristo.

 

*Artur Charczuk

Pastor e psicanalista em São Leopoldo, RS, congregações Martinho Lutero e Cristo Redentor

 

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