Pastor Rudi Güths


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22/05/2023 #Artigos

“Lembrem-se dos seus líderes, os quais pregaram a palavra de Deus a vocês [...] honrem sempre os que são como ele” (Hb 13.7; Fp 2.29)

Pastor Rudi Güths

“Escrever sobre a trajetória de vida de uma pessoa é, ao mesmo tempo, um privilégio e um grande risco. Privilégio de contar uma história, que pode servir de inspiração para outras pessoas, mas um risco, pois, com certeza, muitos fatos e pessoas importantes poderão ficar de fora do relato.

O pastor Rudi Güths nasceu no dia 17 de setembro de 1940, em Toropi, RS. O quinto filho de uma família de sete irmãos. Seus pais, Lindolfo e Ida (Kissmann) Güths, eram cristãos ativos na comunidade luterana de Toropi. Tanto é que quatro sobrinhos do pastor Rudi se tornaram pastores da IELB, (Erno, Olavo, Flávio e Ênio), além do seu filho Gérson.

Com 11 anos, foi para o Seminário Concórdia, em Porto Alegre, RS. Na época, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, para quem quisesse ser pastor, aconteciam no Seminário. Foi um período muito difícil, segundo seus relatos.

Em 08/12/1963, aconteceu sua formatura, e em 14/12/1963, seu casamento. Casou-se com Lilia Rosmari Patro, filha de Ernesto e Guilhermina (Lindenau) Patro. Um feliz e abençoado casamento, que completará, este ano, 60 anos! Tiveram três filhos, Gérson, Rogério e Viviane.

Em janeiro de 1964, assumiu seu ministério em Concórdia, SC. Uma paróquia jovem, com 15 congregações. A sede paroquial ficava no interior do município, em Rancho Grande.

A situação, na época, era bastante precária para os congregados, e, consequentemente, também para o pastor. Inicialmente, o trabalho pastoral, que exigia muitos deslocamentos, era feito a cavalo, pois o jipe da paróquia estava na oficina, e não havia recursos para concluir o conserto. Não havia energia elétrica e nem asfalto. Na vila havia uma linha telefônica da Sadia, que a empresa gentilmente cedia seu uso à população para comunicações de emergência. A situação econômica da paróquia era muito precária: o salário do pastor chegou a ter seis meses de atraso.

Em 1965, ocorreu um fato profundamente impactante na vida do pastor Rudi e sua esposa Lilia. Naquele ano, houve uma grande enchente na região, com destruição de estradas e pontes. Mas o pastor não cancelou nenhum culto. Então, indo para realizar o culto em Piratuba, SC, tiveram um grave acidente: a estrada cedeu, e o jipe rolou morro abaixo com o casal. Felizmente, os ferimentos não foram graves, pois era um veiculo com capota de aço, um equipamento um tanto raro na época. Normalmente um jipe tinha capota de lona com uma estrutura frágil. Não era o plano de Deus que seu ministério terminasse ali. Sobreviver a esse acidente foi um milagre.

Esse acidente fez o jovem pastor refletir muito sobre seu ministério e sua vida. Percebeu, de uma forma muito concreta, que estava empenhando, no trabalho da igreja, a sua vida e a de sua esposa. Assim, passou a exigir o mesmo comprometimento das diretorias e dos congregados, em relação ao trabalho da igreja. Essa nova atitude causou, a médio prazo, um impacto extremamente positivo, e, com a bênção de Deus, o trabalho cresceu sem parar.

Em 1975, a paróquia foi dividida, formando a paróquia de Marcelino Ramos, RS, que incluía o município de Piratuba, SC. Foi chamado para esta nova paróquia o pastor Wilson Regina. Em 1989, ocorreu uma nova divisão, formando a Paróquia Concórdia (cidade) e Concórdia interior.

Ao realizar essas divisões, o pastor Rudi e a diretoria paroquial faziam um planejamento antecipado e detalhado, com muito cuidado, visando a sustentabilidade do trabalho.

O trabalho com os departamentos de jovens e servas funcionava nas principais congregações. Todas as congregações tinham um pavilhão para atividades sociais e uma quadra de esportes, ou, pelo menos, um campinho. O pastor Rudi considerava fundamental para a existência de uma União Juvenil que houvesse um espaço para o esporte, como um atrativo para os jovens. E isso funcionava muito bem...

Uma grande preocupação sua sempre foi a preparação do sermão e das mensagens. Uma mensagem não pode ser apenas um repetir de conceitos e textos bíblicos. A mensagem precisa ser contextualizada. Tem que fazer sentido para as pessoas. Se uma mensagem não faz sentido para o pastor que a está preparando, então, provavelmente, não serve pra ninguém!

O pastor Rudi encerrou seu ministério em 2008, na mesma paróquia em que iniciou: um dos raros casos em que um pastor realizou todo o seu ministério na mesma congregação ou paróquia. Foram 44 anos e 11 meses de ministério. Desde então, reside com sua esposa Lilia e a filha Viviane em Canoas, RS.

O pastor Rudi, com frequência, diz que se considera extremamente abençoado por Deus em todos os aspectos da sua vida. E é totalmente grato a Deus pelo seu ministério e sua família. “O Senhor é meu pastor, nada me faltará!” (Sl 23.1).

Gérson Güths, Torres, RS

Colaboraram: Secretaria da IELB e pastor Gérson Güths

Pastor Rudi Gueths
Nascimento: 17/09/1940, em Toropi, RS
Filho de Lindolfo Guethts e Ida Gueths
Formatura: 08/12/1963
Ordenação: 16/02/1964 em Lajeado Paulino, Concórdia, SC
Casamento: 14/12/1963, em Canoas, RS
Esposa: Lilia Rosmari Gueths, nascida em 08/08/1943
Filha de Ernesto Patro e Guilhermina
Filhos: Gérson (pastor), Rogério e Viviane
Locais em que serviu:
Videira, SC – Cristo (estágio) (1962)
Lajeado Paulino, Concórdia, SC – Trindade (1964-2008)
Emérito desde 13/12/2008
Mora em Niterói, Canoas, RS

Carlos Walter Winterle
Pastor emérito
cwwinterle@gmail.com


Carlos Walter Winterle

Santa Cruz do Sul, RS cwwinterle@gmail.com

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